1.
Olá, Coordenadores e pesquisadores!
Tenho lido cada linha publicada.
Tenho lido, igualmente, cada linha enviada em anexo nos emails como resultado parcial das pesquisas.
Tenho baixado cada vídeo e cada foto.
O material é bom. Às vezes, muito bom!
Parabenizo a todos pelo trabalho que vem sendo desenvolvido até então.
Sem sombra de dúvida, esse trabalho será um marco na vida da cidade mas, principalmente,
na vida de cada um de vocês, aliás, de cada um de nós.
Simone e eu, que temos a experiência de dois livros em projetos anteriores (como se pode ver na primeira postagem deste blog) podemos dizer aos senhores, senhoras e senhoritas
que a sensação de enxergar nos olhos das pessoas o brilho de se ver retratado em livro,
por mais simples que esse livro possa parecer,
é algo indescritível.
Só próximo daqueles momentos em que a vida nos dá um novo ar pra respirar,
um novo amor pra amar, uma nova vida pra viver. É como se a vida se renovasse ali.
Como disse no momento do lançamento do 2º livro um pescador que participou das oficinas,
"é uma sensação de felicidade tão grande que até as tripas da gente ficam rindo".
Olha, saber, depois que o trabalho está pronto,
que a gente pôde participar de algo que faz bem às pessoas,
de algo que dá a elas um novo motivo pra viver,
um novo estímulo pra continuar lutando...
Saber, depois de todo esse trabalho, que nós construímos algo
que fará parte da memória viva das pessoas pelo resto de suas vidas...
Saber da força que tem esse pequeno gesto de ouvir as pessoas,
o gesto simples de simplesmente conversar com elas,
de olhar pra elas interessados nelas como nunca ninguém esteve,
ouvir suas histórias e depois publicá-las em livro...
Céus! A sensação é de que a gente está a salvo.
Pensem nisso!
E façam o trabalho de vocês (que é esse nosso trabalho!)
façam esse nosso trabalho
valer a pena!
_________
2.
Fiquei aqui pensando em o que significa "fazer nosso trabalho valer a pena"!
Ora, todos nós temos muitos afazeres diários, ligados a esse projeto e não.
Ligados mesmo a nossa vida pessoal, nossa vida profissional, nossa vida acadêmica,
e tudo isso vem nos triturando como uma roda viva, nos roubando o tempo,
nos desumanizando, nos transformando em coisas, em não-humanos.
Um trabalho como o desse projeto é um bem para nossa alma
inclusive porque devolve a nós a nossa própria humanidade.
E não se enganem, não, devolve-nos à nossa própria humanidade
porque também a devolve ao outro, àquele que sempre esteve ali,
sempre morou ali, do lado,
e que nós, e na cidade quase ninguém, dávamos valor.
Um trabalho como esse é, sem sombra de dúvida,
um trabalho de resistência ao movimento frenético dos dias.
Mas o combustível dessa resistência, na verdade, é nossa vontade,
nosso querer, nosso esforço.
Há muito trabalho a ser feito, sim.
E é difícil, às vezes, conciliarmos o trabalho desse projeto com os nossos outros afazeres,
mas, ora, faz parte do jogo! Isso faz parte do jogo!
São parte do grande desafio que é viver!
E é a maneira como nós lidamos com esses "desafios".
É o nosso jogo de cintura quem define quem nós somos.
Procurem seguir os cronogramas estabelecidos.
Visitem os cronogramas gerais e específicos (pros coordenadores e pros pesquisadores).
Se vocês observarem com atenção o cronograma geral, verão que o tempo está bem apertado.
Assim, é importante garantir os cronogramas específicos e as tarefas por data.
Observe as manifestações ou pessoas pelas quais você fica responsável.
Observe os prazos para postagem da pesquisa.
De repente chego a uma conclusão:
Levar esse nosso trabalho a sério
é fazê-lo valer a pena.
Ora.
Lembrem-se que esse trabalho pode ser motivo de orgulho para todos nós,
se ele ficar bem feito. Ou motivo de vergonha, se ele não ficar bem feito.
Lembre-se: não é só o nome destas pessoas que estão sendo pesquisadas que está em jogo.
Mas principalmente o nome de vocês... o nome da gente!
Um abraço cordial
e vamos todos juntos,
caminhando!
Léo Mackellene